Educação Interprofissional: Práticas Colaborativas e Interprofissionais dos preceptores de enfermagem, odontologia e medicina em um município no Norte do Brasil

Objetivo: Avaliar as percepções e a disponibilidade para aprendizagem interprofissional dos preceptores em Saúde em um município do Cone Sul do Estado de Rondônia por meio do trabalho em equipe, colaboração, identidade profissional e atenção centrada na pessoa na Atenção Primária à Saúde. Método: Trata-se de um estudo misto com abordagem quantitativa e qualitativa, realizado por meio de questionário socioprofissional, perguntas do tipo Likert validado para o Brasil em 2015, e aplicação de questionário via Google forms com três perguntas abertas. A amostra ocorreu de forma intencional com 13 preceptores em saúde, havendo aprovação pelo CEP/UNIR sob o parecer n. 3.605.943. As médias de interpretação da tendência atitudinal foram estabelecidas a partir dos intervalos: (IM): de 1,00 a 2,33, de 2,34 a 3,67 e de 3,68 a 5,00. Os dados qualitativos foram submetidos à Análise Temática de Conteúdo, segundo Bardin (2011), sendo utilizado o software MaxQda 20.3. Resultados: A idade média dos preceptores entrevistados foi de 43,71 anos, sendo enfermeiros sete, odontólogos dois e médicos quatro. Em análise as dimensões aplicadas pela escala Likert, preceptores enfermeiros e odontólogos apresentaram atitudes para a prontidão à educação interprofissional em zona de alerta no que tange a dimensão Identidade Profissional, requerendo o aprimoramento das percepções e práticas. Preceptores médicos apresentaram maior prontidão ao trabalho em equipe e colaboração (TEC), tendo como resultado 4,90±0,30, enquanto enfermeiros 4,65±0,53, e odontólogos 4,53±0,50 Na dimensão pertinente a identidade profissional (IP), a média apresentada para médicos foi de 4,29±1,16, para enfermeiros 4,14±1,02, e odontólogos 3,25±0,86. Na dimensão pertinente a atenção centrada ao paciente (ACP), os resultados foram para médicos 4,95±0,22, para enfermeiros 4,60±0,60, e odontólogos 4,60±0,69. No que tange a análise qualitativa emergiram-se cinco categorias: a essência do preceptor, a motivação produzida na preceptoria, competências para o exercício da preceptoria, articulação da teoria com a prática e intervenientes para a atuação da preceptoria. Conclusão: A partir dos dados analisados, foi possível concluir que os preceptores apresentaram prontidão ao aprimoramento das práticas colaborativas e da educação interprofissional, embora evidenciem-se alguns intervenientes vinculados a formação uni profissional desses profissionais e ao exercício da preceptoria nos cenários de práticas, impactando significativamente a construção das competências colaborativas destes profissionais. Desta forma, os resultados fomentam para a crível necessidade da implementação da educação interprofissional na formação em saúde e da educação permanente nestes espaços de ensino e aprendizagem, a fim de promover a continuidade e assegurar a mobilização destes preceptores no envolvimento de forma competente em sistemas de saúde centrados na pessoa e na comunidade

Ano da defesa: 
2021
Linha de pesquisa: 
EDUCAÇÃO E SAÚDE: TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS DA EDUCAÇÃO, COMPETÊNCIAS E ESTRATÉGIAS
Autor: 
Camila Pardo Dala Riva
Orientador: 
Profa. Dra. Katia Fernanda Alves Moreira
IES associada: 
Universidade Federal de Rondônia
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