Projeto Saúde no Território: ferramenta de integração ensino-serviço-comunidade no curso de Medicina

O Projeto Saúde no Território (PST) é uma ferramenta utilizada pelas equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) e também no curso de Medicina de uma Instituição de Ensino Superior (IES) privada para elaborar estratégias efetivas na produção da saúde em um território, articulando os serviços de saúde com outros serviços e políticas sociais, de forma a intervir na qualidade de vida e na autonomia das comunidades. Objetivou-se analisar o PST sob a percepção dos acadêmicos do curso de graduação em medicina como ferramenta de aprendizagem e avaliação no componente curricular Integração Ensino-Serviço-Comunidade (INESC). Este é um estudo descritivo e transversal com abordagem qualitativa. Foi realizado em uma IES privada no interior de Minas Gerais por meio de quatro grupos focais com 38 acadêmicos do primeiro ao quarto anos do curso de medicina, em 2018. As transcrições foram analisadas conforme a Análise do Conteúdo segundo Bardin e descoberta de núcleos de sentido. O diálogo entre pesquisadores e acadêmicos resultaram em três categorias empíricas constituídas a partir da identificação dos núcleos de conceito-chave: disputa de sentidos (finalidade), práticas no território e atores envolvidos no processo. O PST, por sua vez, na percepção do acadêmico, é uma ferramenta que aproxima o ensino e o serviço. No entanto, diversos pontos são levantados para melhoria da aplicação desta ferramenta, como a aproximação da teoria com a prática, o diálogo entre coordenação e preceptores, o nivelamento e alinhamento dos preceptores e das práticas desenvolvidas na equipe e no território, o planejamento das ações no território para aquisição de habilidades e competências longitudinais conforme a graduação no curso. Refletir a prática profissional com criticidade promove transformações no processo de trabalho e instrumentaliza as possibilidades de avaliação do processo ensino-aprendizagem dos acadêmicos do curso de medicina. Essa ferramenta da Atenção Primária à Saude (APS) é potente para a produção de saúde no território e mostra quais os caminhos devem ser seguidos para melhorar o INESC, inclusive, fortalecendo vínculos.

https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/28868

Ano da defesa: 
2019
Linha de pesquisa: 
EDUCAÇÃO E SAÚDE: TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS DA EDUCAÇÃO, COMPETÊNCIAS E ESTRATÉGIAS
Autor: 
Maria Beatriz Devoti Vilela
Orientador: 
Prof. Dr. Wallisen Tadashi Hattori, Profa. Dra. Rosuita Bonito Frattari
IES associada: 
Universidade Federal de Uberlândia