BIOSSEGURANÇA ENTRE PROFISSIONAIS DE ODONTOLOGIA NA ATENÇÃO BÁSICA DO SERVIÇO PÚBLICO DO PARANÁ E ASSOCIAÇÃO COM FATORES CONTEXTUAIS EM TEMPOS DE COVID-19

A COVID-19 demonstrou alta transmissibilidade e grande mortalidade ao redor do mundo. A doença é transmitida especialmente pelo ar, por contato com partículas aerossolizadas contendo o Severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2), gerando maior preocupação nos profissionais de saúde bucal pela considerável exposição e possibilidade de transmissão cruzada. Percebe-se a importância da biossegurança em Odontologia, seja pela adoção de medidas adicionais de controle ou ainda pela reformulação de práticas, no enfrentamento da COVID-19. O presente estudo buscou avaliar as medidas de biossegurança adotadas por profissionais de Odontologia do Paraná, na atenção básica, e associá-las a fatores contextuais elencados, no período da primeira onda da pandemia de COVID-19. Foi realizado um estudo transversal com questionário on-line para profissionais da Odontologia. A amostra para o serviço público paranaense, na atenção básica, foi de 486 trabalhadores em três categorias odontológicas: 324 (66,7%) cirurgiões-dentistas; 162 (33,3%) auxiliares e técnicos de saúde bucal. Predominou o gênero feminino (82.5%), o vínculo estatutário (76,5%) e a macrorregião leste do Paraná (54,9%). A amostra estava distribuída em 148 (37,1%) dos municípios paranaenses. Dados primários sobre medidas de biossegurança adotadas na Odontologia e dados secundários contextuais foram analisados por meio do teste qui-quadrado e cálculo de razão de chances. A significância estatística foi estabelecida em p <0,05. Os profissionais avaliados no estudo, apresentaram pequena participação (25,4%) na tomada de decisões, o que foi ainda menor nos municípios de pequeno porte e com IDH-m mais baixos. A suspensão de atendimentos eletivos teve maior chance de ocorrer em municípios de menor porte, menor cobertura de equipes de saúde bucal e também com as menores despesas. A rotina de esterilização das canetas odontológicas foi mais observada em municípios com despesas totais mais altas. Os participantes de municípios com IDH-m maiores e coberturas menores de equipes de saúde bucal tiveram maior disponibilidade de máscara N-95 e avental impermeável. Em municípios de médio porte houve chance maior de receber orientações de prevenção e controle da COVID-19 que naqueles de pequeno porte. Na presente pesquisa observou-se associações entre as medidas de biossegurança adotadas pelos participantes e os fatores contextuais analisados. Palavras-chave: COVID-19; Biossegurança; Odontologia em Saúde Pública; Equipe de Saúde Bucal; Padrões de Práticas na Odontologia.

Ano da defesa: 
2022
Linha de pesquisa: 
ATENÇÃO À SAÚDE, ACESSO E QUALIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE
Autor: 
ROSALBA VAZ SCHÜLLI DOS ANJOS
Orientador: 
Profª. Dra Giovana Daniela Pecharki
IES associada: 
Universidade Federal do Paraná