A atenção primaria à saúde é um canal que pode servir para intervenção nessa fase de vulnerabilidade, com programas de abordagem à saúde do adolescente, como políticas de educação e informação sexual e formas de prevenção da gravidez. Por isso reconhecer o perfil da população jovem, identificando as principais variáveis associáveis para gravidez na adolescência, pode incentivar os profissionais da saúde a atuarem com mais empenho no combate a esse evento, que pode ser prevenido adotando-se as condutas mais acertadas de forma a criar um relacionamento com os adolescentes e gerir programas de inclusão desse público nas Unidades Básicas de Saúde. Este projeto de pesquisa, realizado entre Janeiro e Março de 2020, buscou descrever as principais variáveis associáveis envolvidas na gravidez na adolescência em um município do estado de Rondônia, região Norte do País, utilizando-se de um estudo transversal, baseado em respostas obtidas em um formulário semiestruturado a partir da técnica da entrevista, realizada individualmente com 70 participantes integrantes de dois grupos (GA e NGA), que foram definidos pela presença ou não de gestação durante a adolescência. Os resultados demonstraram que nenhum adolescente entrevistado recebeu orientação sexual de um profissional da saúde antes da primeira relação sexual, evidenciando o grande abismo existente entre os profissionais de saúde e a população jovem. Ficou evidente que uma parcela importante dos jovens analisados em nossa amostra não interrompeu seus estudos e a grande maioria é proveniente de famílias de baixo nível socioeconômico e famílias desestruturadas de sua configuração inicial, ou seja, não residem com ambos os genitores.

Palavras-chave: Gravidez na adolescência. Atenção Primária à Saúde. Saúde do adolescente.