As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os cursos de medicina configuram avanços na reorientação da formação médica. Sendo a Atenção Básica a ordenadora das redes de atenção à saúde, porta de entrada preferencial do usuário no sistema nacional de saúde e com elevado potencial resolutivo, a existência de médicos treinados para a assistência neste nível primário torna-se um pilar para o fortalecimento da saúde pública brasileira. Pactuações entre os Ministérios da Saúde e Educação propiciaram a publicação das normativas diretivas para os cursos de medicina no Brasil, objetivando fortalecer a formação na Atenção Primária. Neste contexto, a especialidade Medicina de Família e Comunidade assume a função de coordenadora dos processos de ensino na graduação, em vista da sobreposição dos princípios desta especialidade com os objetivos propostos pelas DCN, almejando a formação de egressos que busquem, futuramente, o trabalho na Atenção Básica. Buscou-se compreender os fatores determinantes de uma matriz curricular de um curso de medicina que adota as propostas das DCN e sua influência pela escolha da Medicina de Família e Comunidade por seus concluintes, identificando aspectos da matriz curricular que interferem nesta escolha. A metodologia adotada foi revisão bibliográfica sobre formação médica vigente, Diretriz Curricular Nacional para o curso de medicina, pesquisa documental do Projeto Pedagógico do Curso de uma Instituição de Ensino Superior privada e questionários abertos e fechados com os concluintes de medicina desta instituição. Observou-se a existência de elementos inerentes da matriz curricular capazes em provocar influência pela escolha na especialização em Medicina de Família e Comunidade.