Práticas colaborativas para os preceptores médicos e enfermeiros da Atenção Primária em Porto Velho, Rondônia

Educação Interprofissional e a Prática Interprofissional Colaborativa são temas emergentes constituindo-se componentes fundamentais de formação profissional e de atenção à saúde, particularmente no atendimento às diversas morbidades para uma boa assistência ao usuário. É neste cenário que a educação interprofissional e a prática colaborativa preenchem uma lacuna significativa com experiências bem-sucedidas nos países que as adotaram e se apresentam como ferramentas importantes na consolidação e fortalecimento do Sistema Único de Saúde. O objetivo foi analisar a percepção da aprendizagem interprofissional entre os preceptores que atuam na atenção primária à saúde a partir da escala RIPLS.  Trata-se de um estudo transversal, descritivo, realizado com instrumento com perguntas tipo lickert validado para o Brasil em 2015. A amostra ocorreu de forma intencional com 30 profissionais de saúde. Para a análise da tendência atitudinal dos profissionais as médias obtidas foram interpretadas por intervalos lineares (IM): de 1,00 a 2,33, de 2,34 a 3,67 e de 3,68 a 5,00. Resultados: Faixa etária foi de 34,7± 0,612, sendo predominantemente profissionais do sexo feminino (76,7%), em sua primeira experiência como preceptores na atenção primária à saúde (66,7%).  Na análise dos resultados do questionário The Readiness for Interprofessional Learning Scale respondida pelos preceptores em Porto Velho observa-se que, a média dos domínios dos médicos e enfermeiros encontra-se na zona de conforto para Trabalho em Equipe e Colaboração 4,5340±0,69216 para médicos e 4,4921±0,76755 para enfermeiros e Atenção Centrada na pessoa 4,6762±0,48222 para médicos e 4,7556±0,40556 para enfermeiros. Já no domínio de identidade profissional ambos profissionais avaliados estão na zona de alerta e zona de perigo 3,7483±0,96896 para médicos e 3,5873±1,09561 para enfermeiros. Baseado nessa observação de dados optou-se por realizar uma intervenção utilizando método quase experimental, utilizando pré e pós teste de intervenção. Durante a intervenção observou-se melhora das dimensões e indicadores da colaboração interprofissional através da resolução de um caso complexo da APS. Conclui-se com estudo a necessidade de reflexões e intervenções voltadas para toda a equipe, com destaque na governança e visão e objetivos compartilhados para que ocorra uma diminuição nos obstáculos que dificultam a relação interpessoal e por consequência as práticas colaborativas. a intervenção de curta duração não apresentou impactos significativos no clima do trabalho em equipe.

 

Ano da defesa: 
2021
Linha de pesquisa: 
EDUCAÇÃO E SAÚDE: TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS DA EDUCAÇÃO, COMPETÊNCIAS E ESTRATÉGIAS
Autor: 
Arlindo Gonzaga Branco Junior
Orientador: 
Profa. Dra. Katia Fernanda Alves Moreira
IES associada: 
Universidade Federal de Rondônia