Déficit de autocuidado em idosos residentes na área 44 da USF coral em Lages, SC

Introdução: A transição epidemiológica, o envelhecimento da população brasileira, a necessidade de maior acesso aos serviços de saúde e a exigência de uma Atenção Primária à Saúde (APS) resolutiva ampliam o panorama de discussões acerca da oferta de cuidados à saúde da pessoa idosa, em sua maioria portadores de doenças crônicas e com as mais diversas necessidades de saúde. O objetivo do estudo foi caracterizar os idosos com déficit de autocuidado investigando sua associação com características sociodemográficas, comportamentais, da condição de saúde, de acesso e utilização de serviços de saúde. Métodos: foi realizado inquérito populacional, de delineamento transversal, com idosos adscritos ao território de uma equipe de Saúde da Família, em Lages/SC. O déficit de autocuidado foi aferido por meio do instrumento Appraisal of Self-Care Agency Scale (ASA-A), sendo atribuído aos idosos cuja pontuação na escala enquadrou-se no quartil mais baixo da distribuição. Resultados: A maioria dos entrevistados eram do sexo feminino, brancos, com idade entre 60 e 70 anos. A maior prevalência de déficit de autocuidado relacionou-se à: multimorbidade, pior autopercepção de saúde, consumo alimentar inadequado, baixa escolaridade, inatividade e dependência para as atividades básicas da vida diária. Conclusão: importa rastrear os determinantes sociais relacionados ao autocuidado em cada comunidade e recomenda-se às equipes de ESF que promovam ações intersetoriais buscando aproximar o cidadão das políticas públicas e dos recursos da comunidade local.

Ano da defesa: 
2019
Linha de pesquisa: 
ATENÇÃO INTEGRAL AOS CICLOS DE VIDA E GRUPOS VULNERÁVEIS
Autor: 
Lúcia Soares Buss Coutinho
Orientador: 
Profa. Dra. Elaine Tomasi
IES associada: 
Universidade Federal de Pelotas